sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Perdida


As vezes, eu me sinto perdida, perdida dentro de mim mesma.As vezes, estou quieta e me pedem se estou bem e eu digo que estou, mesmo não estando.Mas se não estou, o que tenho?
Vivo com essa inquietação, essa mania de esperar alguma coisa que eu não sei o que é, sonhar com uma pessoa que eu não conheço o rosto.Com essa sensação de que algo esta errado, ou faltando.
Sempre sonhei em ser aquela garota dos cabelos compridos e cheios de ondas.A garota das pernas longas, da calça jeans, da regata larga e fresquinha, da bolsa no ombro, dos fones nos ouvidos, das unhas curtas, do pensamento ao longe.Aquela garota que não chama tanta atenção, mas que encanta, e que é chamada de linda, não de gostosa.Sempre quis ser aquela quieta, mas engraçada, interessante, inteligente.
Ah, como eu queria as pontas dos meus longos cabelos coloridas, como eu queria levar meu diário de um lado e do outro, como eu queria ser aquela que alguém quer desvendar.Como eu queria ser aquela que alguém acha única, que seria capaz de mudar alguém.
Eu fico idealizando aquela que eu queria tanto ser, aquela garota que tem uma parte de mim.E por mais que eu queira, eu não sou essa garota.Isso me frusta demais.
Mas o que eu posso fazer?Gostaria tanto de viver dentro dos meus livros, ter um final feliz.Mas ai eu me lembro que essa é a vida real, e o final é a morte, da qual ninguém escapa.Então agora, com o coração um pouco mais leve depois de escrever,como sempre acontece, eu vou respirar fundo, me virar com o cabelo que eu tenho, com o corpo e roupas que me cabem e vou vivendo um dia de cada vez, tentando ser feliz com as pessoas e coisas que fazem parte da minha vida.

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